"Há duas coisas que eu nunca procurei: dinheiro e fama" [Entrevisa Exclusiva]
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Como é que este filme, O Lugar dos Sonhos, que se estreou há pouco mais de uma semana, surgiu na sua vida?
Há várias pessoas que contribuíram para que este filme tenha acontecido, e uma delas foi o José Eduardo Moniz. A opinião dele, para mim, é algo muito importante. Ele leu o argumento e foi dos primeiros a dizer: “Este argumento merece ser contado, isto tem de ser feito”. Depois o projeto foi crescendo. Decidimos criar uma coprodução com a Cinemate. Queríamos que este filme tivesse tudo aquilo que merecia ter.
Como reagiu a equipa depois de ver o produto acabado?
Foi fantástico. Quando fizemos o visionamento, em que os atores viram pela primeira vez o filme, houve muitas lágrimas, mas também muita alegria. Foi maravilhoso ver o Carlos Areia super emocionado. O abraço que lhe dei logo a seguir é um dos momentos que vou guardar com muito carinho para o resto da minha vida. Porque, um homem chegar aos 82 anos e ser protagonista pela primeira vez de um filme, eu sei que é especial. E a história que é, o que tenta contar, acho que é ainda mais. Podia ser uma comédia... O filme diverte, mas não é uma comédia. É um filme familiar, mas não é só... É o reflexo de muita coisa. O argumento pretende ser muita coisa.
Como é que surgiu este argumento?
Parto sempre daquilo que eu sinto que gostaria de ver neste momento, como espectador. Eu tenho um filho de nove anos e tenho um filho de 15, e sinto, por exemplo, que o cinema português, e que a ficção portuguesa em geral, oferecem pouco para esta malta. É natural que nós tenhamos miúdos, neste momento, com sotaque brasileiro, por causa dos conteúdos que consomem do Brasil. Acho que somos nós, os criativos, os produtores, os argumentistas, que temos de criar uma ponte até eles. Este é o mundo em que vivemos, então de que forma é que nós conseguimos trazer esta malta para o nosso lado? E este filme tenta ser um convite a criar pontes de ligação, a aproximar as gerações. O filme tem imensos elementos de videojogos, de grafismo do Tik Tok e do Youtube, mas depois tem recriações de clássicos de cinema como O Feiticeiro de Oz, o Singing in the Rain, o Casablanca… Filmes que, para mim, foram importantes.
Fazia sentido estarem neste filme...
Fazia todo sentido, não só porque foram filmes que mexeram comigo, como eu acredito, e espero, que sejam filmes que os miúdos possam perguntar aos pais: “Aquele filme com o dinossauro, aquele filme com aquele rapaz, o que é que era aquilo?”.
Leia esta matéria na íntegra na sua NOVA GENTE desta semana. Já nas bancas.Texto: Andreia Valente; Fotos: Tito Calado
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